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9º Ano - Europa - Junho

Leia o texto e responda às questões 1 a 8:

Aspectos populacionais da Europa

Apesar de possuir pouco mais de 743 milhões de habitantes (estimados para 2020), o crescimento populacional na Europa tem sido modesto se comparado ao dos outros continentes, sobretudo se considerado no período após a Segunda Guerra Mundial. A taxa de crescimento demográfico anual é por volta de 0,07%, enquanto a dos demais continentes está entre 0,90% e 1,39%; na África é de 2,49%. Isso se deve ao fato de a Europa já ter completado há alguns anos sua transição demográfica, ou seja, a passagem de uma fase com altas taxas de natalidade e de mortalidade para um patamar de baixas taxas. A redução das taxas de mortalidade decorre, em especial, de progressos da medicina e da melhoria das condições de higiene, de saneamento e de alimentação. A diminuição da natalidade está relacionada às melhorias educacionais e à utilização de práticas anticonceptivas. O resultado da transição demográfica é um crescimento populacional baixo ou mínimo. Em alguns países da Europa, ocorre um crescimento natural negativo da população — quando a natalidade é inferior à mortalidade, ou seja, o número de nascimentos (natalidade) é menor que o número de mortes (mortalidade). 

         Por causa do baixo crescimento natural ou vegetativo da população europeia, a proporção de jovens no continente tem diminuído ao longo dos anos. Ao mesmo tempo, com o elevado padrão de vida da maioria da população (com alimentação e assistência médica adequadas, renda mensal média ou alta etc.), a esperança de vida média aumentou. Consequentemente, a proporção de idosos no total da população também aumentou. Em 2005, a população europeia com mais de 65 anos era numericamente igual à de 0 a 14 anos. Estima-se que, se for mantida a tendência atual, em 2050 a população idosa deverá ultrapassar a população de até 14 anos em mais de 87 milhões de pessoas.

Diante do baixo crescimento natural da população e do aumento numérico da população idosa, se não houvesse fluxos migratórios para a Europa ocorreria um colapso socioeconômico no continente. A população em idade ativa ou apta a trabalhar seria insuficiente, e os Estados não teriam condições financeiras de arcar com as aposentadorias e com as despesas com saúde, sobretudo da população idosa. Desse modo, muitos países europeus vivem um dilema: ao mesmo tempo que adotam políticas de restrição à entrada de imigrantes, necessitam deles. Calcula-se que, em 30 anos, aproximadamente, um quarto da população de vários países europeus — Alemanha, França, Reino Unido, Áustria, Itália, Espanha etc. — estará aposentada.

Alguns países europeus têm estimulado a natalidade por meio da concessão de alguns benefícios. Na Alemanha, por exemplo, o governo estendeu o prazo da licença-maternidade para até três anos após o nascimento da criança, sem corte de salário; há também outros benefícios, como abonos em dinheiro, disponibilidade de vagas em berçários e creches, ampla assistência médica e redução de impostos. Essa política demográfica de natalidade tem sido seguida por outros países europeus.

 

1) Por que atualmente o crescimento da população europeia é considerado baixo em comparação com outros continentes?

2) O que explica a redução das taxas de mortalidade europeia?

3) O que explica a diminuição da natalidade no continente europeu?

4) Cite os motivos que explicam porque a população de idosos continua aumentando na Europa?

5) Que problemas uma grande população de idosos, comparada com uma baixa população de jovens, pode  trazer para um país?

6) Por que os países europeus precisariam dos imigrantes?

7) Que ações alguns países europeus tem feito para estimular a natalidade?

8) Que reações a questão da imigração tem despertado em parcelas da população europeia?

 

Leia o texto “A UNIÃO EUROPEIA” e responda às questões 9 e 10.

A União Europeia (UE) é um bloco formado por 28 países integrados economicamente, com atuação conjunta em diversas ações políticas e livre circulação de mercadorias e pessoas. Apesar da crise financeira, social e política que alguns de seus países-membros enfrentaram, principalmente desde 2008, esse bloco representa uma poderosa força econômica e política no cenário mundial.

Países integrantes da UE com economias mais frágeis e que haviam recebido pesados investimentos externos, como Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha, viram-se em sérias dificuldades para honrar seus compromissos financeiros. A instabilidade econômica criada gerou incertezas sobre a permanência de alguns desses países no bloco e sobre a coesão da própria União Europeia. Algumas dessas economias já se recuperaram ou estão em recuperação. Em junho de 2016, o Reino Unido realizou um plebiscito para decidir se continuaria na União Europeia. O episódio ficou conhecido como Brexit, que vem das palavras em inglês Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída). Com 52% dos votos, a população britânica optou pela saída da UE.

 

9) O que é a União Europeia?

10) Que problemas a União Europeia vem enfrentando recentemente?

11) ATIVIDADE OPTATIVA - Assista o vídeo:

O vídeo pode ser visto neste endereço: https://www.youtube.com/watch?v=MumpJ69h_es

Como ele é um vídeo de um canal de televisão é bloqueado para visualização interna no nosso site, por isto é preciso clicar e ir direto no endereço. 

Escreva um texto entre 5 e 15 linhas sobre o vídeo relacionando com o conteúdo estudado.


Leia o texto e responda às questões 12 a 15.

A IMIGRAÇÃO NA EUROPA - Na Europa há necessidade de mão de obra para executar determinados

tipos de trabalho, e alguns países, sobretudo a França e o Reino Unido, atraem jovens nascidos em seus antigos territórios coloniais. Além de emprego, esses imigrantes procuram especialização profissional em universidades e institutos tecnológicos. No continente europeu, ocorrem migrações de um país para outro, principalmente do Leste da Europa para a Europa Ocidental. Esses movimentos migratórios são resultantes das desigualdades econômicas entre as duas regiões. Perseguições políticas, conflitos étnicos e guerras também motivam a  entrada de imigrantes na Europa. Em geral, essas pessoas ingressam como refugiados nos países de destino

A questão da imigração despertou em parcelas da população europeia o preconceito, a segregação, o racismo e a xenofobia. Esse ambiente de aversão à população imigrante acentua o dilema europeu de restringir a imigração e de necessitar dos imigrantes para compensar o baixo crescimento populacional no continente. A alternativa encontrada por alguns países foi estimular a entrada somente de imigrantes qualificados profissionalmente.

 

12) De onde vem a maior parte dos imigrantes da França e do Reino Unido?

13) O que os imigrantes procuram na Europa?

14) Além das questões econômicas, o que mais motiva a imigração?

15) O que a questão da imigração despertou em parte da população europeia?

16) Você certamente deve lembrar a seleção multiétnica da seleção francesa, confira o vídeo para relembrar:

O vídeo pode ser conferido no seguinte endereço: https://www.youtube.com/watch?v=CJUCReoFk0Q 

Escreva um texto entre 5 e 15 linhas sobre o vídeo, relacionando com o conteúdo estudado.

 

Leia o texto “O Estado de bem-estar socialpara responder as questões 17 e 18.

Alguns países europeus desenvolveram um sistema de proteção social conhecido como "Estado de bem-estar social" (Welfare State). Outras denominações são "Estado-previdência" e "Estado social de direito". São exemplos das políticas de proteção social típicas desses países:

·        Seguro-desemprego      

·        Previdência social  

·        Sistemas públicos de saúde e educação eficientes 

·        Crédito acessível para a compra de imóveis 

·        Atendimento a pessoas idosas

·        Políticas de integração de pessoas com deficiência

         As despesas com a previdência social são pagas pelas administrações públicas, por empresas e também por cotas individuais e familiares. O maior montante é destinado a aposentadorias e despesas sanitárias e educativas. Com as altas taxas de desemprego atuais, os países europeus que adotam esse sistema têm empreendido esforços para assegurar maior assistência aos desempregados. Outro tipo de proteção social praticado é o rendimento mínimo garantido aos cidadãos mais desfavorecidos, proporcionando-lhes condições de vida minimamente dignas.

17) O que é o Estado do Bem-estar social?

18) Cite 3 exemplos de políticas de proteção social típicas desses países.

 

Observe a charge para responder à questão 19:

19) O que a charge quer nos dizer? Descreva o que você entende dessa charge.

 

Leia o texto para responder às questões 20 a 28.

Do Império Russo à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS)

O império Russo, nascido na Idade Média da união de vários principados, expandiu-se consideravelmente nesse século para formar o país de maior extensão territorial do mundo, com terras tanto na Europa como na Ásia — Rússia europeia e Rússia asiática. No século XIX, assim como Estados Unidos, Japão, França, Alemanha, Bélgica e outros, a Rússia deu início à sua Revolução Industrial e passou a usar o poder econômico para exercer o imperialismo, nos moldes de outras potências. Para assegurar a posse e facilitar o povoamento e a exploração econômica das áreas conquistadas, o Império Russo construiu as ferrovias Transcaucasiana (1883-1886) e Transiberiana (1891-1904). A primeira ferrovia parte de Moscou e une localidades às margens do Mar Negro e do Mar Cáspio; a segunda também sai de Moscou, atravessa a Sibéria e termina em Vladivostok, no litoral do Oceano Pacífico. Além de integrar as vastas regiões, as ferrovias permitiram que o poder central russo tivesse maior controle do território e da população.

Apesar das transformações econômicas ocorridas com a Revolução Industrial Russa no século XIX, o país chegou ao século XX com graves problemas sociais e políticos. No campo, as relações de trabalho permaneciam embasadas no modelo feudal e semifeudal, submetendo os camponeses a uma vida miserável. Nos centros urbanos, as indústrias se multiplicavam, mas os operários viviam em condições desumanas por causa dos baixos salários e das prolongadas jornadas de trabalho.

Esses fatos conduziram a um descontentamento da população com o regime monárquico. Greves e insurreições populares culminaram com a derrubada do czar Nicolau II, em março de 1917.  Entre os anos 1917 e 1921, o país envolveu-se em período de instabilidade governamental, com trocas de governo, culminando em uma guerra civil: czaristas, mencheviques (socialistas moderados, que chegaram a assumir o controle mas por pouco tempo entre março e outubro de 1917), grupos étnicos não russos e forças armadas estrangeiras se opunham ao novo governo bolchevique (mais radicais). Entretanto, os grupos de oposição foram derrotados pelos governantes, que, em 1922, criaram a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), incluindo os vastos territórios conquistados pelo Império Russo.Também conhecida como União Soviética, esse vasto país que chegou a atingir 22.400.000 km2 — cerca de duas vezes e meia o território brasileiro — e estava politicamente dividido em 15 repúblicas federadas, unidas por um governo central sediado em Moscou.

A partir de outubro de 1917, o partido bolchevique, posteriormente transformado no Partido Comunista da União Soviética (PCUS), iniciou profundas reformas econômicas, políticas e sociais segundo os princípios do socialismo: aboliu a grande propriedade rural sem indenização por parte do Estado, permitindo a existência das pequenas e médias propriedades até os primeiros anos da década de 1930, quando se deu a total apropriação das terras pelo Estado; estatizou as indústrias e os serviços (saúde, educação, transporte, comércio etc.); introduziu a planificação estatal, ou seja, os diversos setores da produção foram submetidos a órgãos centrais de planejamento do Estado, que elaboravam os planos de produção.

Após a Segunda Guerra Mundial, a União Soviética já era a segunda maior potência militar do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Havia desenvolvido armas nucleares e mantinha poderosas forças militares, contrabalançando o poder estadunidense durante a Guerra Fria. A ênfase dada às indústrias bélica, de bens de produção e de base em detrimento da indústria de bens de consumo era explicada pelos dirigentes soviéticos como uma necessidade estratégica. Além de proporcionar força e prestígio ao novo regime, permitiria enfrentar ameaças externas e servir às pretensões geopolíticas do Estado soviético. Porém, essa prioridade dada aos setores industriais de bens de produção e de base, e principalmente à indústria bélica, criou um acentuado descompasso em relação ao setor industrial de bens de consumo. Grande parte da população soviética mostrava descontentamento com a falta de produtos, como roupas, geladeiras, televisores, automóveis etc. Além disso, os gêneros de primeira necessidade (carne, trigo, leite, açúcar etc.) eram escassos e faltavam moradias para a população. Além desses descontentamentos, a economia soviética começou a dar sinais de esgotamento a partir dos anos 1970. Os grandes investimentos financeiros na indústria bélica e aeroespacial, a manutenção das tropas militares do Pacto de Varsóvia, os auxílios destinados aos países socialistas, o grande número de burocratas no aparelho estatal e a consequente despesa para o pagamento de salários, além de outras causas, abalaram seriamente a economia soviética.

 

Questões:

20) Qual a utilidade das ferrovias Transcaucasiana e Transiberiana?

21) Quais eram os problemas sociais e políticos do Império Russo?

22) Quais foram as consequências dos problemas sociais e políticos para o “czarismo”?

23) O que aconteceu entre os anos 1917 e 1922?

24) O que significa URSS?

25) Cite as mudanças politicas e sociais que aconteceram na URSS a partir de outubro de 1917.

26) Por que a União Soviética investia especialmente na indústria bélica, de bens de produção e de base?

27) Que problemas o investimento na indústria bélica trouxe para os soviéticos?

28) Cite os motivos que abalaram seriamente a economia soviética.


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